No capítulo de Simone Kropf e Dominichi de Sá, “O valor social da ciência e o debate sobre a nação na década de 1920”, o objetivo é analisar as propostas de transformações do trabalho científico e os ideais de reforma social veiculados pela ciência com foco na atuação da Academia Brasileira de Ciências (ABC).


Partindo da conjuntura comemorativa do Centenário da Independência, o texto recua no tempo para apresentar uma síntese acerca das discussões ao longo da Primeira República sobre o valor da ciência para o progresso nacional e as iniciativas de seus principais cientistas implementadas na década de 1920.

Em meio aos intensos debates sobre o futuro nacional travados em 1922, a autora recorda que “Se, por um lado, os grandiosos pavilhões da Exposição Internacional do Centenário da Independência exibiam na capital federal, uma nação que se pretendia moderna, por outro lado, levantavam-se vozes dissonantes à ordem social, política e cultural da República oligárquica. (…). Nesse contexto, os cientistas também se viram às voltas com reflexões sobre sua inserção na sociedade, seus compromissos com o Brasil e as práticas e valores a partir dos quais deveriam cumpri-los”.

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