Década de 1920 e os desafios da educação, por Helena Bomeny

O quarto capítulo, escrito por Helena Bomeny, dedicado à educação, focaliza os educadores e os debates educacionais que tiveram lugar nos anos 1920. Articulando diferentes temporalidades, o texto retorna aos primeiros tempos da república para estabelecer o quadro desalentador da educação. Em seguida, apresenta as lutas do movimento da chamada Escola Nova nos anos 1920 para chegar aos desafios que continuam em pauta na atualidade.

Lourenço Filho, educador e signatário do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. INEP.

Anísio Teixeira, educador e signatário do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. INEP.

De acordo com Bomeny, “As décadas de 1910 e 1920 foram pródigas em propostas renovadoras. Diagnósticos pesados motivaram projetos de alcance público. Não escapava às lideranças a convicção sobre motivos do atraso brasileiro com relação à educação. (…) A tradição oligárquica fortalecia a cultura de benefícios exclusivos à parcela mínima da sociedade, e dificultava a construção de projeto republicano de alcance maior. (…) Os limites do liberalismo, das iniciativas de ampliação dos direitos à educação, por exemplo, ficam logo visíveis quando se contabiliza os que são incluídos no projeto e os que ficam de fora: a maior parte da população”. Nesse sentido, ela conclui que “Os anos 1920 foram palco expressivo de toda essa agitação com disputas, avanços e limitações ao ideário republicano”.

Fernando de Azevedo, educador e signatário do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Acervo IEB/USP.

Francisco Campos em comemoração aos 50 anos da Bandeira do Brasil. Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.

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